Iara ou Mãe-D'água - figura mitológica difundida entre os indígenas e caboclos após o século XVII, de aculturação provavelmente européia e tendo suas raízes nas sereias. Loira e muito bonita, a mãe-d'água atrai os pescadores, ou quem quer que se aproxime de rio ou praia `a noite, e leva o pretendente a afogar-se em busca de diversão.
Em algumas comunidades é reputada como protetora das águas e pescas. Sendo meio peixe e meio mulher, apresenta-se a pentear os cabelos, a cantar ou mesmo conversando com algum passante. Encantado e quase que sob efeito hipnótico, o pretenso parceiro mergulha nas profundezas da água, onde sufoca e morre.
A Iara é uma bonita moça que vive na água, contam os índios. Dizem que é tão linda, que ninguém resiste ao seu encanto. Costuma cantar com uma voz tão doce, que atrai as pessoas. Quando se percebe, já é tarde. Ela arrasta a vítima para o fundo das águas. Os índios têm tanto medo da Iara, que, ao entardecer, evitam ficar perto dos lagos e dos rios. Receiam ser atraídos por ela.