Se hoje podemos fazer escolhas, devemos isso a iniciativas femininas que mudaram a história. Páginas de força bruta foram reescritas com sensibilidade
1.
Dizer não à violência
Depois de séculos de opressão, um grito foi ouvido: chega de agressões contra a mulher. Uma farmacêutica cearense que sofreu duas tentativas de assassinato por parte do marido e ficou paraplégica virou porta-voz da causa. Maria da Penha Maia Fernandes colocou o agressor na cadeia e levou o caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Inspirou a Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, que coíbe e pune esses atos, modelo copiado em outros países.
2.
Acreditar
No coração de uma mulher, a esperança, substantivo feminino, se transforma em fé, depois vira determinação e por fim leva à conquista.
3.
Flexibilizar o mundo dos negócios
Foi depois que as mulheres entraram nas companhias que conceitos como inteligência emocional e resiliência foram incorporados ao vocabulário empresarial. Trabalhamos usando a intuição e o jogo de cintura – e incentivamos os homens a trilhar esse caminho.
4.
Agregar
Pense na solidez do núcleo familiar, na força centralizadora, na balança das relações. Provavelmente, você visualizou uma mulher.
5.
Recriar papéis sociais
Esposa exemplar, mãe zelosa, donzela eterna. Não faz tanto tempo assim, esses eram os papéis que nos cabiam. Reescrevemos a história. Em 1832, Nísia Floresta publicou, com apenas 22 anos, Direito das Mulheres e Injustiça dos Homens. Em 1949, a filósofa francesa Simone de Beauvoir escreveu em dois volumes O Segundo Sexo, em que usava conhecimentos de biologia, psicologia, história e economia para constatar que a suposta condição de inferioridade feminina era uma invenção cultural. Nascia ali o movimento feminista, que ganhou ainda mais força em 1963 com o lançamento de A Mística Feminina, de Betty Friedan.
6.
Perdoar
Pesquisa recente da Universidade do País Basco comprova que as mulheres conseguem perdoar com mais facilidade do que os homens. Porque têm maior empatia, ou seja, a sábia capacidade de se colocar no lugar dos outros.
7.
Preservar a nossa história
Que nação tem futuro sem memória? O Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, guarda evidências de que o homem pode ter vivido no continente americano há 50 mil anos, e não há 12 mil, como afirmam pesquisadores. A arqueóloga paulista Niède Guidon descobriu esse tesouro e tem dificuldade para preservá-lo, já que pinturas rupestres estão sendo danificadas por balas.
8.
Mobilizar para grandes causas
Ajudar é sempre bom – mas mobilizar centenas, milhares a fazer o mesmo é melhor ainda. Elizabeth Taylor foi uma das primeiras megacelebridades a se engajar na luta contra a aids, depois que um amigo dela, o ator Rock Hudson, morreu, vítima da doença. Em 1991, ela criou a própria fundação de pesquisa sobre o vírus, a Elizabeth Taylor Aids Foundation.
9.
Transgredir
Quem disse que a gente precisa agradar sempre? Se hoje a maioria responde que não temos de corresponder ao senso comum, muito se deve à ousadia gritante de Madonna desde os anos 1980. A maior diva pop do mundo moderno sempre desafiou ao usar batom vermelho-sangue, simular sexo oral com uma garrafa, deixar o sutiã à mostra, beijar um Jesus Cristo negro...
10.
Liderar com pulso firme
A marca deixada pelas mulheres nos mais altos postos do poder tem sido a austeridade. Dilma Rousseff limpa o ministério; Angela Merkel, a chanceler alemã, mantém o norte da União Europeia na crise do euro; Michelle Bachelet, chefe da ONU Mulheres, saneou a economia do Chile quando era presidenta, equiparou salários em empresas estatais e regulamentou a distribuição da pílula do dia seguinte.11.
Traduzir sentimentos
Você já deve ter tido a impressão de ler um texto que fala com o seu âmago, expõe uma ferida ou acalma a angústia. Damas da literatura inauguraram essa forma tão íntima de se relacionar. Como a escritora Clarice Lispector, ucraniana que emigrou para o Brasil. Ironicamente, seus primeiros escritos foram recusados por um jornal porque não tinham enredos, apenas sensações.
12.
Defender animais
Em setembro, duas redes canadenses de pet shops deixaram de vender animais para incentivar a adoção. Aqui e ali, as iniciativas de proteção ganham força. Desde 1962, a atriz Brigitte Bardot se manifestava publicamente contra o uso de peles, a caça esportiva, o abandono. Em 1986, ela criou a Brigitte Bardot Foundation, em defesa de animais domésticos e selvagens.
Em setembro, duas redes canadenses de pet shops deixaram de vender animais para incentivar a adoção. Aqui e ali, as iniciativas de proteção ganham força. Desde 1962, a atriz Brigitte Bardot se manifestava publicamente contra o uso de peles, a caça esportiva, o abandono. Em 1986, ela criou a Brigitte Bardot Foundation, em defesa de animais domésticos e selvagens.
13.
Preservar o planeta
A causa é global e não se restringe a um sexo ou a outro. Mas muitas mulheres imprimiram caráter de urgência à defesa do meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. A bióloga americana Rachel Carson já levantava essa bandeira nos anos 1950. Seu livro Silent Spring, sobre os problemas causados por pesticidas e pela poluição, levou à proibição nos Estados Unidos do uso do DDT, diclorodifeniltricloroetano, que pode causar câncer em seres humanos.
14.
Contar histórias
As novelas brasileiras estabeleceram um novo padrão de qualidade na teledramaturgia. Janete Clair, autora de enormes sucessos, como Irmãos Coragem, Selva de Pedra, Pecado Capital e O Astro, teve papel marcante na construção e na popularização dessa linguagem.
15.
Lutar por direitos
Mulheres não podiam votar até 1932, quando conquistaram a liberação parcial para se manifestar nas eleições: só as casadas (com autorização do marido), viúvas ou solteiras com renda própria podiam eleger seus representantes. Em 1934, a lei ampliou o direito a todas, mas não o tornou obrigatório. Apenas em 1946 é que houve igualdade perante o Código Eleitoral. Hoje, somos maioria, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral. Uma das guerreiras dessa luta foi a carioca Bertha Lutz, que fundou em 1922 a Federação Brasileira para o Progresso Feminino. Ela defendia também as causas trabalhistas femininas e a igualdade salarial.
16.
Tratar seres humanos como seres humanos
Antigamente, os procedimentos usuais para cuidar de quem sofria de transtornos mentais incluíam a retirada de uma parte do cérebro. A psiquiatra alagoana Nise da Silveira, uma das primeiras médicas brasileiras, recusava-se a aplicar técnicas agressivas em seus pacientes. Em vez disso, usava o desenho e a pintura para que eles se expressassem e retomassem o contato com a realidade. Os trabalhos foram para o Museu de Imagens do Inconsciente, que ela fundou no Rio de Janeiro em 1952.
17.
Cuidar das crianças
Não precisamos ser mães para ter o instinto de zelar pelos pequenos. Porque há sempre muitos precisando de cuidados. A pediatra e sanitarista Zilda Arns fundou a Pastoral da Criança em 1983 para realizar ações de combate à mortalidade infantil, à desnutrição e à violência. Faleceu em 2010, no terremoto do Haiti.
18.
Vencer preconceitos
Raça e poder aquisitivo não ditam o destino de uma mulher. Porque um batalhão feminino se levanta contra a opressão. Como Rosa Parks, negra que se negou a ceder seu lugar em um ônibus para um branco na época mais dura da segregação racial nos Estados Unidos.
19.
Ditar moda
São necessários muitos estilistas homens para influenciar o jeito de se vestir como uma única mulher conseguiu. Coco Chanel foi a mãe do pretinho básico, do tailleur e da calça feminina.
20.
Inovar o sexo
Segundo a Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual, 70% dos consumidores de produtos eróticos no país são mulheres
21.
Bater um bolão
Mulheres são craques nos campos – hoje, ninguém duvida disso. Quando a paixão nacional deu mostras de abalo, uma garota de Alagoas apareceu jogando o futebol dos sonhos de qualquer homem: Marta Vieira da Silva, da nossa seleção feminina.
22.
Dar aula de gentileza
Pesquisa divulgada pela Utah State University, nos Estados Unidos, indica que irmãs são mais eficientes do que os pais quando o assunto é incentivar a gentileza e a generosidade.
23.
Bebericar com classe
O que seria do glamour sem o champanhe, a maior invenção feminina em taças? Foi Nicole-Barbe Ponsardin, a viúva Clicquot, a responsável por industrializar a produção da bebida e torná-la popular nas cortes.
24.
Fazer-se entender
A capacidade de se comunicar, entreter e convidar à reflexão é uma qualidade que as mulheres esculpiram com o tempo. Que o diga a comunicadora mais poderosa do mundo, a americana Oprah Winfrey. De origem humilde, tornou-se dona da própria revista e, mais recentemente, de uma emissora de TV, a OWN. Ela também é engajada em causas humanitárias no continente africano.
25.
Educar
Fazer com que os filhos cresçam como seres dignos é um de nossos nortes. Muito da compreensão que temos sobre o comportamento infantil se deve à psicóloga austríaca Melanie Klein. Ela lançou em 1932 o livro A Psicanálise de Crianças (Imago). Outra que se dedicou à causa foi a italiana Maria Montessori. Ela revolucionou o ensino defendendo a individualidade, a sensibilidade e a liberdade do aluno.
26.
Empreender
De acordo com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em 2009 superamos os homens: somamos 53,4% das pessoas à frente de negócios.
27.
Alimentar-se com sabedoria
Quem costuma decidir o que vai à mesa nas refeições dentro de casa? Quem lê os rótulos dos produtos no supermercado antes de colocálos no carrinho? Comer bem e saber fazer escolhas são investimentos que toda mulher valoriza. A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, é uma forte defensora da alimentação saudável e dos exercícios físicos. Em 2010, lançou o movimento Let’s Move!, cuja meta é combater a obesidade infantil e melhorar a qualidade da comida servida nas escolas. Vai escrever um livro sobre a horta que plantou na Casa Branca e seus esforços para promover a mesa saudável, afirmou o grupo editorial Crown, que o publicará em abril de 2012. Michelle doará os lucros da venda para uma instituição de caridade.
28.
Valorizar a cultura
O mais recente estudo do Instituto Pró-Livro mostra que o público feminino responde por 55% dos leitores de livros no Brasil. A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que em oito anos virou a maior do gênero por aqui, foi idealizada por uma mulher, a editora inglesa Liz Calder. Já as primeiras bienais de artes plásticas foram organizadas pela paulista Yolanda Penteado, que usava sua influência para trazer obras valiosas para os eventos.
29.
Ter coragem
Contra o senso comum de que ser feminina é ser frágil, as guerreiras da nossa história fincaram a bandeira da valentia. Anita Garibaldi combateu na Revolução Farroupilha; Maria Quitéria lutou no Exército disfarçada de homem e virou heroína na Bahia; a americana Lee Miller abandonou sua bem-sucedida carreira de modelo nos anos 1920 para ser a única mulher correspondente na Segunda Guerra Mundial.
30.
Bancar as próprias escolhas
O primeiro passo para ter liberdade é assumir os riscos pelas decisões tomadas. A inglesa Mary Wollstonecraft, que escreveu em 1792 o primeiro manifesto em defesa das mulheres, aplicou na vida o princípio que defendeu: o do direito de escolha. Trabalhou para ganhar o próprio dinheiro, teve uma filha fora do casamento – Mary Shelley, a escritora que criou Frankenstein – e instituiu no front doméstico a união com casas separadas.
31.
Negociar
A mulher tem também tino para grandes investimentos. No Brasil, Eufrásia Teixeira, nascida em 1850, ampliou a fortuna dos pais, comprando e vendendo ações e aplicando em empresas na Europa. Procurava saber como eram tratados os empregados das companhias em que entrava como acionista. Deixou parte da fortuna para instituições de caridade de sua terra, Vassouras (RJ).
32.
Resistir
No sofrimento, as mulheres surpreendem. A estilista mineira Zuzu Angel se tornou símbolo da resistência à ditadura no Brasil ao denunciar nos Estados Unidos a tortura e o sumiço de militantes que se opunham aos generais, entre eles seu filho, Stuart Angel. Zuzu morreu em 1976, num acidente de carro mal explicado, tentando encontrar o corpo de seu rebento.
33.
Cozinhar por prazer
Definitivamente, lugar de mulher não era na cozinha profissional. E cozinhar passava longe de ser divertido. Até a americana Julia Child conseguir entrar para a prestigiada escola francesa Le Cordon Bleu e virar a primeira celebridade à frente de um programa de culinária na TV
34.
Assumir desejos
Se hoje a brasileira faz sexo sem compromisso e não é julgada, muito se deve à atriz Leila Diniz, que demoliu tabus numa época em que a repressão dominava o país. Foi a primeira grávida a ir à praia de biquíni, mostrando que a maternidade não excluía a sensualidade. E disse frases que se tornaram célebres: “Transo de manhã, de tarde e de noite”; “Você pode amar uma pessoa e ir para a cama com outra”.
35.
Ser cidadã
Várias companhias de seguros de automóveis oferecem descontos para as mulheres, que dirigem com mais atenção e respeitam mais as leis.
36.
Encantar
Seduzir é um verbo feminino, que ganhou significado nobre depois que muitas mulheres o conjugaram para grandes causas. Evita Perón, a mulher mais importante da história política da Argentina, usou desse recurso para defender os pobres, lutar pelo voto feminino e o direito dos trabalhadores.
37.
Reinventar-se
As mulheres têm a capacidade de cair, levantar, sacudir a poeira e seguir mais fortes do que antes. Hillary Clinton, por exemplo, foi traída publicamente pelo marido, Bill Clinton, quando ele era presidente dos Estados Unidos. Perdoou, enfrentou críticas e se transformou na segunda mulher mais poderosa do mundo por seu atual trabalho como secretária de Estado americana.
38.
Ficar feliz solteira
Antes, era impossível pensar em mulheres solteiras na faixa dos 30, que curtem a vida e não direcionam seus desejos na busca de um marido. A escritora Candace Bushnell e as personagens do divertido Sex and The City fizeram dessa crença uma coisa do passado.
39.
Multiplicar a atenção
Fazer várias coisas ao mesmo tempo é uma marca feminina, importantíssima nos dias de hoje, valorizada pela sociedade e pelo mundo do trabalho.
40.
Quebrar paradigmas
Uma das áreas em que as mudanças acontecem mais lentamente é a política – os homens grudam no poder com unhas e dentes. Mas, lá atrás, duas mulheres já haviam provado que podemos presidir um Estado com competência: Golda Meir, que ajudou a fundar o Estado de Israel e o dirigiu entre os anos de 1969 e 1974, e Indira Gandhi, primeira-ministra da Índia que dedicou especial atenção a diminuir a pobreza do país.41.
Espalhar alegria
A felicidade colorida e gingada está no DNA da mulher brasileira. Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Claudia Leitte e tantas outras seguem os passos de Carmen Miranda, cantora e atriz portuguesa criada no Brasil que contou isso ao mundo todo quando brilhou em Hollywood.
42.
Explicar o mundo
É coisa de mulher criar metáforas para traduzir algo difícil. A jornalista e psicanalista gaúcha Carmen da Silva, que estreou uma coluna em CLAUDIA em 1963, fazia o papel de trazer para o dia a dia o tal do feminismo. Ela convocou a ala feminina a rever seus conceitos sobre independência e felicidade e a reescrever a história com as próprias mãos.
43.
Pacificar
As mulheres trouxeram para o panorama mundial uma nova visão sobre a paz. Shirin Ebadi, advogada iraniana que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2003, ampliou o conceito para além do lenço branco que pede trégua. Ela viaja pelos países denunciando o governo ditador de seu país, o Irã, que persegue as mulheres e ameaça o equilíbrio da região e a paz mundial.
44.
Doar-se
O terceiro setor tem cara, alma e jeito de mulher. Foi a albanesa madre Tereza de Calcutá, Prêmio Nobel da Paz de 1979, quem popularizou o voluntariado e a filantropia ao dedicar sua vida a alfabetizar crianças e a cuidar de doentes.
45.
Decidir o tamanho da família
Em 1970, a brasileira tinha, em média, 5,8 filhos. Sair para trabalhar deixando esse time era difícil. Hoje, a média de crianças por mulher é 1,8. O índice nas nações ricas é 1,7.
46.
Mudar o fixo
Não está bom? A gente muda. Primeira-dama de um país era um posto decorativo até Eleanor Roosevelt entrar na Casa Branca em 1933. A mulher de Franklin chegou à ONU e ajudou a criar a Declaração Universal dos Direitos Humanos. No Brasil, a antropóloga Ruth Cardoso, mulher de FHC, reinventou o papel em 1995 com o Programa Comunidade Solidária. Promoveu uma reviravolta na área social.
47.
Crer em Deus
Uma das maiores escritoras traduzidas no mundo com150 linguagens e dialetas , ela que levou uma pedrada na face aos nove anos impossibilitada de cursar a escola tendo só a quarte série Ellen G. Withe uma influencia no amor a Deus em meio tantos problemas foi por Deus inspirada a escrever livros impressionantes. Fanny Jane Crosby uma compositora de hinos gospels era cega não podia ver mais compos lindas musicas sem poder ver oque tocava simplismente por cre e confiar em Deus.
Uma das maiores escritoras traduzidas no mundo com150 linguagens e dialetas , ela que levou uma pedrada na face aos nove anos impossibilitada de cursar a escola tendo só a quarte série Ellen G. Withe uma influencia no amor a Deus em meio tantos problemas foi por Deus inspirada a escrever livros impressionantes. Fanny Jane Crosby uma compositora de hinos gospels era cega não podia ver mais compos lindas musicas sem poder ver oque tocava simplismente por cre e confiar em Deus.
48.
Fincar o pé na ciência
Brilhante, a polonesa Marie Curie era voz solitária na ciência. Mesmo assim, ganhou o Prêmio Nobel de Física, em 1903, por descobertas sobre radioatividade, e o de Química, em 1911, ao desvendar ações do rádio e do polônio. A área, no Brasil, deixou de ser masculina há duas décadas: em números, as mulheres superaram os homens nos centros de pesquisas. A médica Mayana Zatz, uma das maiores autoridades em genética médica no mundo, identificou em 1995 um gene ligado à distrofia dos membros, o que só foi possível com base no estudo de células-tronco.
49.
Mobilizar
As americanas nunca queimaram sutiã na praça. Mas o protesto que fizeram em 1967, contra a visão de que todas eram mulherzinhas, foi tão incandescente que até hoje se acredita no incêndio. Elas levaram para uma passeata símbolos que as reduziam a mero objeto de desejo, como o salto alto e o sutiã. Embora a prefeitura tivesse impedido a queima, o ato ganhou força política.50.
Dar a vida por uma nobre causa
A coragem das operárias de uma tecelagem de Nova York, em 1857, teria sido responsável pela instituição do 8 de março como o dia internacional pelos direitos das mulheres. As tecelãs conduziam pela primeira vez uma greve de mulheres contra o trabalho quase escravo, com extensa jornada, espancamentos e ameaças sexuais, quando a polícia as trancou na fábrica e tocou fogo. Todas morreram carbonizadas. Em 1910, na Dinamarca, ao procurar um ícone para a luta, feministas escolheram o episódio.