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segunda-feira, 10 de abril de 2017

A verdadeira história de Digimon




A seguinte história que estou prestes a contar é real, descrevo os fatos que ocorreram em um trágico acidente em um acampamento de verão em torno de 1954 na cidade de Osaka, Japão, que matou sete crianças. Sim, o mesmo local onde os eventos ocorrem em Digimon Adventure.
Na tarde de 13 de agosto de 1954 um relatório estranho e de causar calafrios atingiu a sede da polícia em Osaka envolvendo um acidente na periferia da cidade, perto da cachoeira Ogama, o relatório incluía uma descrição do acidente, onde aparentemente uma enchente repentina do rio Naka arrastou ferozmente 7 crianças, levando-as rio abaixo até o infeliz destino que lhes aguardava, a morte. O relatório indicava o falecimento de duas meninas e cinco meninos. Os nomes das crianças estava anexado em uma página separada.


Yagami Taichi, 11 anos de idade.
Ishida Yamato, 11 anos de idade.
Takenouchi, Sora 11 anos de idade.
Koshiro Izumi, 10 anos de idade.
Tachikawa Mimi, 10 anos de idade.
Kido Jou, 12 anos de idade.
Takaishi Takeru, 8 anos de idade.

A notícia veio como dinamite para a comunidade de Osaka e a perda das vidas destas crianças derrubou a maioria das famílias dos mortos em uma depressão enorme, especialmente a irmã do falecido Taichi – Yagami Hikari – que consequentemente ficou seriamente doente e rapidamente era consumida pela enfermidade, tanto que até chegava ao ponto de afetar sua atividade cerebral, causando recorrentes delírios. Os enfermeiros que trabalhavam no hospital recusavam-se a trabalhar com a paciente, pois ela constantemente falava sozinha de maneira estranha, o que lhes causava grande horror. Uma certa madrugada sinistra e fria a enfermeira chefe de plantão que caminhava pelos corredores vazios começou a ouvir um murmúrio aparentemente de dor e correu até o quarto do tal paciente. Assim que abriu a porta e a pouca luz começava a iluminar o quarto escuro, viu um corpo estirado no leito, com uma expressão vazia e com os olhos praticamente fora das órbitas falando sem parar. 

O seguinte trecho descreve o que a enfermeira disse ter ouvido naquela noite:
“Lembro-me bem naquela noite, quando nós nos conhecemos, quem diria que uniríamos nossos corações e partiríamos para o Digital World, irmão espero que você esteja feliz com o que eu me tornei, estou mais forte, assim como eu posso dizer que essa aventura mudou tudo, eu não posso acreditar o quanto eu cresci e eu espero que, no futuro, possamos nos reencontrar, talvez ninguém vai acreditar em mim ou no que eu estou dizendo, talvez esteja louca como muitos dizem … ouço meus pais dizerem que só sirvo para causar problemas, mas eu sei que dentro de nós existe um grande potencial e que podemos conseguir alcançá-lo quando nos reunirmos para nossa próxima aventura, não deixaremos que estes digimons maléficos tirem nossos sonhos, certo irmão?”
Aquelas palavras surpreenderam a enfermeira, pois claramente a menina fazia menção também às outras crianças que morreram naquele acidente, mas sabia-se que a menina jamais teve contato com os demais falecidos e sequer teria estabelecido qualquer comunicação com eles no passado. Ela continuou a contar essas “aventuras” até 1970, quando morreu de insuficiência respiratória.



A história se espalhou por todo o Japão e se tornou a precursora do que hoje é conhecido como a franquia Digimon, Aki Maita e Takeichi Hongo visitaram a família da falecida menina e pediram permissão para contar a história das criaturas mencionadas em suas alucinações, consultando também os pais das outras crianças, mas mantendo-as de acordo com os traços de personalidade descritos por Hikari em suas fantasias.

Tai foi caracterizado por ser alguém corajoso e rebelde, embora ainda desequilibrado por ter de cuidar desde muito pequeno de sua irmã mais nova e de saúde muito frágil, já que seu pai e sua mãe nunca estavam em casa. Seu Digimon simbolizava seu espírito aventureiro, mas também o medo de crescer e ter de enfrentar a idade adulta. Sempre que Hikari mencionava seu irmão sofria extrema tristeza sempre seguida de fortes convulsões.

Yamato era um garoto maltratado pelos pais, resolveu ir para o acampamento tentando fugir de sua cruel realidade, seu Digimon simbolizava o seu modo calmo e estratégico de ser, mas também para preencher o vazio da solidão que sentia, muitas vezes era sádico e rude com os outros. Hikari nunca o mencionou em suas histórias, talvez não fosse relevante.
Sora não tinha um bom relacionamento com sua mãe que enviou a menina para o acampamento na tentativa de deixá-la mais calma. Seu Digimon simbolizava o que Sora queria ser quando adulta, um piloto de aviões militares assim como seu pai, Hikari a descrevia como uma garota mandona e chorona.
Izumi, interessado na natureza pediu aos pais a experiência de ir para o acampamento sem imaginar o que o futuro lhe reservava, seu Digimon simbolizava o seu estudo e interesse em insetos e animais, e toda a expectativa que seus pais tinham sobre seu crescimento, diziam que o menino tinha um QI de um pouco mais de 130 e era descrito como meticuloso e perfeccionista por Hikari, nunca estabeleceu uma relação com ele em suas histórias, certamente por não conhecer sua maneira de ser.

Mimi, pediu aos pais a viagem para o acampamento assim como Izumi, pois era fascinada por espaços abertos e plantas, desfrutou não mais que que três dias de sua viagem antes do infortúnio trágico, seu Digimon simboliza seu amor por plantas e flores, “talvez o que a fascinava tanto nas plantas e flores era o fato de nunca ter tido a oportunidade de ficar tão próxima a elas devido uma grave alergia que possuiu”, disse sua mãe. Hikari a descrevia como uma boa companhia, apesar de chorona e assustada, parecia estar com medo de saber o que lhe aconteceu de fato, pois também não a mencionava com frequência.
Jou, foi enviado ao acampamento pelo pai porque um amigo era dono do lugar onde o mesmo foi estabelecido, o pai mencionou que seu amigo presenciou o exato momento em que a enchente do rio engoliu Jou e o carregou rio abaixo. Hikari o descrevia com um sorriso vazio, sempre dizendo que era o mais assustado e desestabilizado de todos, o pânico dele causava muito medo a ela. Seu Digimon simbolizava uma maneira que Jou encontrou para lidar com o medo da água que adquiriu, assim seu Digimon sendo do elemento água deu-lhe algum alívio.
Takeru, sua mãe cometeu suicídio após a notícia e seu pai caiu em depressão após o incidente, o seu único filho tinha morrido como sua esposa e ele se recusou a falar sobre o caso, apenas concedendo o direito de Digimon. Seu Digimon representava a imagem mais próxima da inocência das crianças, um anjo desceu e tomou-o pelas mãos depois de uma súbita morte. Hikari o descrevia como uma pessoa boa e dizia sempre brincar com ele… “nunca me dava conta do que lhe havia acontecido enquanto estávamos lá”, disse Hikari.

Quando pedi a análise de um psicanalista sobre o que representava o “mundo dos Digimons” ele concluiu que poderia ser o entendimento de Hikari sobre um tipo de limbo, o lugar pra onde ela imaginava que as almas das crianças iam ao morrer e que os Digimon eram a forma que seu subconsciente representou os anjos que as levavam até o “fim do caminho”, atravessando uma estrada que muitas vezes trazia a eles grandes dificuldades e tormentos, sempre correndo o risco de ter suas almas puras corrompidas e influenciadas pelo mal.
Talvez tenha sido uma mera fantasia criada por uma menina doente e traumatizada ou quem sabe ela realmente podia se comunicar com aquelas pobres crianças, mas isso é algo que nunca poderei comprovar e certamente continuará guardado em nossas mentes como algo que jamais será explicado.
Será essa história, somente um conto de terror, ou algo real que possa ter acontecido no Japão?
*Esta teoria é uma creepypasta, não tem qualquer ligação com a realidade*