MERCÚRIO
O planeta dos notívagos. É que, por não ter atmosfera, o céu dele é sempre negro, com direito a estrelas – incluindo uma enorme, o Sol (afinal, Mercúrio é o primeirão do sistema solar). Assim, o céu mercuriano seria semelhante àquele que os astronautas viram na Lua.
VÊNUS
A atmosfera é muito densa, a ponto de o Sol nem aparecer. As nuvens de ácidos, como o sulfúrico, fazem os astrônomos presumirem que o céu seja branco-amarelado, mas imagens das sondas soviéticas Venera na década de 1970 mostram uma cor alaranjada.
MARTE
A atmosfera rica em CO2, a superfície avermelhada e a intensa poeira deixam o tom escarlate predominante. No nascer e no por do Sol, o céu fica rosa, e as áreas mais próximas do Sol ficam azul. Mais ou menos o contrário do que ocorre na Terra.
JÚPITER
Onde o céu está limpo, o amarelo-sujo dominaria. Mas, nas regiões de tempestades, que são tão comuns que se refletem nas faixas do planeta vistas do espaço, substâncias como hidro sulfeto de amônia espalhariam tons alaranjados, avermelhados e marrons.
SATURNO
Em dias limpos, os anéis seriam de tirar o fôlego, assim como a grande lua Titã, que é laranja-escura. O problema é que quase sempre as nuvens de amônia e hidros sulfeto de amônia deixariam o céu como o de Júpiter, mas mais esbranquiçado.
URANO
A grande quantidade de gás metano deixaria o céu uraniano com uma tonalidade ciano. Especula-se, no entanto, que o efeito não seja tão brilhante na prática, já que o Sol está muito distante, dificultando a chegada de luz ao planeta.
NETUNO
Como em Urano, o azul também é predominante por causa da existência do gás metano no planeta. A diferença é que a distância ainda maior em relação ao Sol tornaria a tonalidade do céu netuniano mais escura para os olhos humanos.
OUTROS PLANETAS
O HD 189733b, a 63 anos-luz da Terra, teria céu azul-cobalto, pois sua atmosfera é repleta de um tipo de vidro, que espalharia radiação.
O HAT-P-11b (120 anos-luz) é iluminado por uma estrela-anã vermelha e, por isso, teria céu nessa cor.
Já o GJ 504b (57 anos-luz), tem metano e fica em um sistema novo e, portanto, quente. Seu céu seria rosa.
CONSULTORIA Gustavo A. Lanfranchi, coordenador do mestrado em astrofísica e física computacional da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), Rafael Santucci, astrônomo do Colégio Magno/Mágico de Oz, Sergio Pilling, coordenador do curso de mestrado em física e astronomia da Universidade do Vale do Paraíba (Univap)