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domingo, 13 de agosto de 2017

A história por trás da emblemática foto de Einstein com a língua de fora

As melhores fotos da história se tornam icônicas muitas vezes por justamente mostrarem o inesperado, o paradoxo ou um lado outro em algo até então costumeiro. Pois se o que se espera da imagem de um cientista é uma pessoa austera, organizada, rígida e sóbria, a história foto de Albert Einstein com a língua para fora revela esse aspecto até então surpreendente do físico alemão.



Ver um dos maiores nomes da história da física e da ciência como um todo com os cabelos desgrenhados, o bigode desarrumado, os olhos abertos olhando diretamente para a câmera e a língua completamente para fora fez da fotografia, tirada por Arthur Sasse em 1951, uma das mais emblemáticas imagens do século XX. O próprio Einstein gostou tanto da foto que produziu cópias para distribuir entre seus amigos. Se suas contribuições científicas são evidentemente seus maiores feitos, tal imagem é um dos símbolos do motivo pelo qual Einstein se tornou praticamente um ícone pop.

As cópias feitas por Einstein eram, no entanto, uma versão editada da foto, excluindo o cenário e as outras pessoas que estavam a seu lado – que revelam, também, a historia por trás da foto. Se o semblante do cientista e o gesto de colocar para a fora a língua revelam o humor e o espírito de Einstein, a foto na realidade registra mais um momento de cansaço e seu enfado diante da perpétua perseguição de repórteres diante da celebridade que havia alcançado.

Foto editada que ele gostava de distribuir 


A foto foi tirada na saída do Princeton Club, espaço social da universidade americana, após a celebração do 72oaniversário de Einstein, que estava em um banco traseiro de um carro entre Frank Aydelotte, diretor do Instituto de Estudos Avançados dos EUA, onde Einstein trabalhava, e a esposa de Frank, Marie Jeanette. Quando viram a foto, os editores da agência UPI, onde o fotógrafo trabalhava, cogitaram não publica-la, a fim de não ofender o vencedor do Prêmio Nobel de física em 1921.

A foto original foi leiloada na última semana, pelo valor de cerca de 393 mil reais, e traz a assinatura do físico alemão à esquerda. O fato de não ter sido editada, como nas cópias, e de mostrar toda a imagem é o que mais valorizou-a no leilão.