Quanto mais alto o título, mais terrenos e poder o nobre tinha em mãos...
A diferença está na proximidade com os monarcas e na porção de terra em que cada um tinha autoridade militar ou jurídica. Quanto mais alto o título, mais terrenos e poder o nobre tinha em mãos.
Essa hierarquia apareceu no século 5, em diferentes regiões da Europa, depois que o Império Romano caiu e o continente foi dividido em pequenos reinos. Cada um deles era regido por uma dinastia, que contava com a nobreza para conquistar novas terras e manter em segurança as que já estavam sob seu domínio. No século 9, os títulos eram passados de pai para filho. Já os nobres brasileiros, no século 19, precisavam comprar a honraria do governo, mas o prestígio declinou com a proclamação da República, em 1889.
CADA UM NO SEU QUADRADO
Conheça a função e a hierarquia dos nobres da Idade Média.
DUQUE
O mais poderoso depois do rei. Era nomeado entre comandantes militares, filhos ou parentes do rei. Recebia as maiores porções de terra para administrar. Os primeiros duques surgiram no Império Romano, onde generais eram chamados de dux (“aquele que conduz”, em latim).
MARQUÊS
Homem da alta confiança do rei, a quem eram cedidos territórios fronteiriços ou mal pacificados. Sobre essas porções de terra, chamadas marquesados, ele tinha poder civil e militar. O título vem de um dialeto medieval francês, que nomeava os nobres como “governadores de marcas“.
CONDE
Assessor, conselheiro ou oficial do palácio que auxiliava o rei em assuntos cotidianos variados. Recebia condados, porções de terra menores que os marquesados. O título vem da Roma antiga, onde a palavra latina comes (“aquele que acompanha”) se referia àqueles que moravam com o imperador.
VISCONDE
Responsável por substituir o conde e assumir as funções de assessor do rei na ausência do titular. Recebia territórios pequenos, do tamanho de vilas. Vem do latim vicecomes, ou seja, “vice-conde”.
BARÃO
Súdito fiel do rei, em geral homem rico, que prometia lealdade e serviços em troca de pequenas fazendas ou sítios, que seriam herdados por seus descendentes. A palavra, de origem germânica, quer dizer “homem livre”.