Resposta curta: não.
Resposta longa: não é bem assim...
Não é bem assim. Na verdade, é difícil eleger um único inventor para o avião, pois vários outros experimentos parecidos estavam acontecendo simultaneamente ao redor do mundo. O alemão Otto Lilienthal, por exemplo, já voava com um planador quando morreu em 1896. Nos EUA, os irmãos Wright percorreram 260 m com a sua aeronave, três anos antes do brasileiro. Em todo caso, é inegável a contribuição de Dumont para a aviação. Além de ele ter criado o primeiro modelo de avião a ser produzido em grande escala na história, muitas das suas invenções são usadas até hoje.
SÓ NO JEITINHOPara montar o 14 Bis, Santos Dumont usou bambu, madeira, seda japonesa, alumínio e algumas gambiarras. Ele tinha funcionários trabalhando no projeto, mas era comum vê-lo com a mão na massa
- As rodas foram retiradas de uma bicicleta
Estas partes foram inspiradas nas “Células de Hargrave”, do inventor australiano Lawrence Hargrave: basicamente, caixas quadradas vazadas que funcionam como pipas |
Estas partes foram inspiradas nas “Células de Hargrave”, do inventor australiano Lawrence Hargrave: basicamente, caixas quadradas vazadas que funcionam como pipas |
Visão Lateral do 14 Bis |
Outros modelos
O 14 Bis é o mais famoso de uma série de aeronaves do inventor
O 14 Bis é o mais famoso de uma série de aeronaves do inventor
- Modelo 1
Em forma de charuto, tinha 25 m de comprimento. Usava hidrogênio e um motor de propulsão a gasolina. Não teve bom desempenho. - Modelo 09Um dos menores que o inventor construiu. Por ser fácil de aterrissar na cidade, foi o mais usado para Santos Dumont passear.
- Modelo 06Foi com este dirigível que Santos Dumont contornou a Torre Eiffel, em Paris, em 1901. O inventor já era famoso, mas depois dessa ele virou celebridade global.
- Modelo 13Nunca chegou a ser testado, pois foi destruído em uma tempestade. Ainda bem! A combinação de hidrogênio com um gerador de ar quente o tornava altamente inflamável.
- Modelo 19/20Por ser leve e sofisticada, a máquina foi apelidada de “Demoiselle” (termo francês para “libélula”). Cheio de inovações, como o leme em um local mais adequado, o modelo é um dos mais importantes de Santos Dumont.
FONTES Livros Asas da Loucura, de Paul Hoffman, Os Balões de Santos Dumont, de Rodrigo Moura Visoni, O Que Eu Vi, o Que Nós Veremos, de Santos Dumont; documentário O Homem Pode Voar, de Nelson Hoineff; sites Museu do Amanhã, Fundação Santos Dumont e Associação Nacional de Aviação Civil