Teoria nasceu em um livro de ficção
É uma teoria que diz que todas as pessoas estão interligadas por um número pequeno de conexões. A origem não é científica, mas literária: foi criada em 1929 pelo escritor húngaro Frigyes Karinthy no livro Tudo É Diferente. Para Karinthy, os avanços na comunicação e nos transportes fariam com que, apesar das distâncias entre as pessoas, os círculos sociais ficassem cada vez maiores.
A partir dessa hipótese, um personagem especulou a ligação entre um operário da Ford, nos EUA, e ele, em Budapeste. A ficção inspirou a realidade, e a ideia serviu de base para estudos de matemática, computação e ciências sociais que abordam o conceito de redes de influência e difusão de informação.
O primeiro testeEm 1960, o psicólogo americano Stanley Milgram enviou 300 pacotes a moradores de alguns lugares dos EUA. Junto com a encomenda, um bilhete pedia que as pessoas fizessem o pacote chegar a um homem específico de Boston. Para isso, elas deveriam enviar a caixa a um conhecido, até que ela chegasse à pessoa. Cem pacotes atingiram o destino final, e eles passaram por seis etapas
Na época digitalPesquisadores da Universidade Columbia, nos EUA, em 2002, escolheram 61.168 participantes para enviar mensagens a 18 alvos específicos, que iam de veterinários noruegueses a estudantes na Sibéria. Apesar de somente 324 mensagens terem chegado aos 18 escolhidos, os e-mails passaram por, em média, cinco a sete pessoas
No livro de rostosOs dois testes foram replicados, em 2016, pelo Facebook e sua base de 1,59 bilhão de usuários cadastrados. O resultado, obtido por meio de algoritmos estatísticos e cruzamento de dados, indicou que havia uma média de 3,57 a 4,57 graus de separação entre você, Beyoncé, o papa Francisco e o Zé da Esquina. As redes sociais aproximaram ainda mais os seres humanos. Pelo menos nos números