Pages

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Os 7 erros que os seriados de ficção científica mais cometem

Se você tentasse se teleportar como em Star Trek, provavelmente morreria no processo



As séries de ficção científica vão aonde nenhum homem jamais esteve.e fazem o que a física jamais permitiria fazer.




1. Disparou, matou

Armas a laser são tão comuns em seriados como Firefly que já viraram até clichê. Pena que elas sempre são apresentadas de maneira incorreta, disparando “balas de luz” visíveis, das quais é possível desviar. Na verdade, o laser é um feixe contínuo, invisível, e que viaja à velocidade da luz, atingindo o alvo instantaneamente.


2. Viagem sem volta

Teletransporte ainda não existe – mas, se existir, jamais será como em Jornada nas Estrelas. “Se a pessoa é dissociada no ponto de partida, deverá ser destruída ou morrer ao se teleportar”, diz Cláudio Furukawa, do Instituto de Física da USP. “Além disso, seria impossível reconstituir cada elétron e próton na sua posição original. Até mesmo a memória seria afetada”.


3. Guerra discreta

Batalhas espaciais como as de Stargate seriam bem menos hollywoodianas se fossem verossímeis. Em primeiro lugar, não haveria som. Afinal, o som é uma onda e precisa de moléculas para se propagar – e elas não existem no vácuo. Segundo, não haveria grandes bolas de fogo. Esse fenômeno exige a presença de ar



4. Cenário monótono

Aventureiros espaciais sempre visitam planetas desertos, que parecem ter um ecossistema único. Corpos celestes assim até existem (Mercúrio, por exemplo), mas eles não seriam habitáveis justamente por causa das severas condições climáticas que causam essa igualdade. Os planetas mais receptivos à vida são aqueles com sistemas variados, como a Terra.



5. Engolidos pelas sombras

O eclipse solar que inaugurou a trama de Heroes afetou os superpoderes de heróis em diferentes partes do mundo, como Japão e EUA. Mas, mesmo nos eclipses totais (com a cobertura completa do Sol), a sombra projetada pela Lua sobre a Terra não chega nem a 300 km de diâmetro. Jamais poderia ser vista em Tóquio e Nova York ao mesmo tempo!


6. Harvard aos 12 anos?

Peter Bishop (Joshua Jackson), de Fringe, tem 33 anos e um currículo invejável. Fala cinco línguas, publicou teses acadêmicas, especializou-se em química, física, informática… Gênios precoces (ou “multitarefas”) são comuns na TV, mas um absurdo na vida real. Estima-se que, para dominar uma única área de conhecimento, é preciso pelo menos dez anos de devoção.

7. Memórias clonadas

É coerente que clones (como os Cylons, de Battlestar Galactica) tenham aparência igual à dos humanos que os originaram. Mas, geralmente, esses clones também carregam memórias e traços de personalidade dos originais. Isso não faz sentido, pois essas informações são armazenadas no cérebro, e não no DNA (a matéria-prima da fabricação de clones). Outro clichê sem base científica é a de clones envelhecerem e morrerem mais rápido que um ser humano.
Pegos no flagra
Outros erros em shows de sci-fi
– O supercontinente Pangea, que aparece no logotipo de Terra Nova, já não existia no período Cretáceo, em que se passa a série
– No segundo ano de Fringe, é citado um cientista que trabalhou para os nazistas até 1943, criando uma toxina que matava de acordo com o DNA da vítima. Mas o DNA só foi identificado em 1953!
– No quinto ano de Lost, Juliet (Elizabeth Mitchell, acima) aciona uma bomba atômica com uma pedrada. Nada a ver: a fissão do material nuclear não poderia ser desencadeada com um impacto físico tão baixo como esse