Os impressionantes retratos de celebridades feitos de pedaços do rosto de pessoas comuns
10:47
Quando o artista chinês Zhang Wei era criança, vivia perto de um teatro tradicional de seu país. Conforme ele foi crescendo, a abertura comercial trouxe junto novas experiências culturais, que modificaram vários aspectos da arte chinesa. Essa percepção está por trás de sua curiosa série Artificial Theater (“Teatro Artificial”).
“O pop, a moda e outros elementos estrangeiros foram adicionados à cultura e à arte locais, criando uma estética híbrida, absurda e desordenada”, escreve o artista na declaração que acompanha o projeto. Para ele, os personagens que começaram a surgir no teatro chinês que tentava atrair os espectadores mais jovens “não eram nem chineses e nem ocidentais de verdade”.
Em 2007, Zhang, que estava começando a explorar a fotografia depois de anos dedicados à pintura, decidiu fotografar vários parentes, amigos e até desconhecidos para tentar decifrar o senso de identidade chinês no século XXI. Depois de retratar mais de 300 pessoas ao longo de dois anos, desistiu do projeto por se achar incapaz de capturar “a natureza efêmera da vida em meio a tantas mudanças”.
Mas o trabalho não foi em vão: ele ficou com um banco de dados repleto de fotografias de chineses. Após conhecer um jogo de videogame japonês chamado Artificial Girl, em que era possível criar uma pessoa do zero, Zhan decidiu criar retratos de pessoas que passaram a fazer parte da nova cultura chinesa, e faz isso a partir de seus conterrâneos fotografados nos anos anteriores.
Ele costuma demorar cerca de duas semanas para, com o Photoshop, pegar partes do rosto de vários de seus modelos e criar espécies de ‘celebridades Frankenstein’. De acordo com o artista, o trabalho está ligado à sensação de que muitas pessoas na China têm assumido novos papéis sociais, os descartando à medida que a sociedade se transforma.
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