Os 10 Melhores Livros do Stephen King

21:51

Todos sabemos que Stephen King é um escritor extremamente prolífico. Com mais de 80 


livros publicados (entre romances, antologias e obras de não-ficção), King é
certamente um dos maiores escritores do século XX. Mas, entre tantas
obras diferentes, claro que algumas se destacam mais do que as outras.
Assim, elaboramos aqui uma lista com os 10 melhores livros do mestre.

O Iluminado 

1977







Um dos grandes clássicos do mestre do terror, o livro traz a história dos Torrance, uma típica família americana que vem passando dificuldades devido a crise que assola os Estados Unidos na década de 70. Ex-alcoólatra e tentando escrever seu primeiro livro, Jack aceita um emprego de zelador de inverno do Overlook Hotel, um resort de verão que fica fechado durante toda a temporada de nevascas, e se muda com a esposa e o filho de cinco anos para o local, acreditando que a tranquilidade do lugar lhe ajudaria a terminar seu livro. Só que o Overlook é um hotel com um passado negro – passado esse que passa a assombrar o menino Danny, que é um “iluminado”, alguém com habilidades telepáticas e precognitivas, habilidades essas que o fazem enxergar os mortos do lugar. Os fantasmas então possuem Jack, o pai de Danny, que se transforma num verdadeiro psicopata, caçando a família como um alucinado. O livro se tornou um clássico instantâneo por, sob um olhar sobrenatural, lidar com um problema muito real: o “demônio” da bebida e como ela pode literalmente destruir uma família. O filme também ganhou uma adaptação pro cinema pelas mãos de ninguém menos que Stanley Kubrick, sendo considerado pela crítica como um dos melhores filmes de todos os tempos – menos pelo próprio King, que acha que Kubrick fez um ótimo trabalho técnico mas deixou de lado toda a temática da bebida, transformando sua obra em uma simples história de fantasmas.

Carrie 

1974



Como é de praxe em suas obras, King utiliza uma história sobrenatural para falar de problemas bem reais. Afinal, quem é que nunca se identificou um pouco que seja com a história de Carrie, a adolescente que é extremamente reprimida tanto pela família quanto pela sociedade? A menina pode até ter “exagerado” quando se tornou uma psicopata sanguinária matando seus colegas e destruindo metade da cidade, mas certamente todo mundo já teve vontade de fazer algo parecido. Mais do que uma boa história de terror, Carrie é um grande mergulho no funcionamento da psiquê humana, dialogando intensamente com Freud e seus experimentos com as histéricas – o que torna o livro facilmente uma das melhores e mais profundas obras de King.

Doutor Sono 

2013




A continuação de O Iluminado toca num tema que talvez seja um dos maiores medos de todas as gerações: o de nos tornarmos iguais a nossos pais. Mesmo depois de tudo o que passou e dos juramentos de que nunca viraria um alcoólatra como o pai, Danny acaba encontrando na bebida a fuga para seus demônios, afogando-se cada vez mais no álcool, o santo líquido que diminui sua iluminação. E, enquanto luta para continuar sóbrio, Danny precisa servir de mentor para Abra Stone, uma menina com o dom de iluminação mais forte que ele já viu e que, justamente por isso, é o alvo de um grupo vampiros que se alimentam da energia gerada por essa iluminação para se manter jovens por toda a eternidade. Mais do que uma história de terror, um conto sobre como a vida nem sempre sai como o planejado, e que muitas vezes aquilo que mais abominamos pode acabar nos pegando pelo colarinho e nos levando para baixo – e com nosso consentimento. E, como um ex-alcoólatra ele mesmo, King consegue nos passar todo o drama do demônio bebida de um modo ainda mais incisivo do que em O lluminado.

A Torre Negra VI: A Canção de Susannah 

2004



Toda a série da Torre Negra é excelente, mas o sexto livro possui um lugarzinho especial em meu coração devido a sua natureza essencialmente pós-moderna. A travessia de Roland e Eddie para a Terra e o encontro com o próprio Stephen King, convencendo o escritor a não desistir dos livros pois o destino de todos os mundos existentes estavam em sua mãos não apenas quebra a quarta parede, mas a atropela com um trator desgovernado cheio de dinamite.

O Talismã 

1984



Escrito em parceria com Peter Straub, o livro é uma fantasia infanto-juvenil clássica com forte inspiração de A História Sem Fimonde Jack Sawyer, um menino de 12 anos, viaja por outra dimensão para encontrar o Talismã, um artefato que não só irá curar o câncer de sua mãe mas também evitar a dominação do mundo pelo vilão Morgan Sloat. Assim como tantas outras séries de sucesso (como O Senhor dos Anéis, A História Sem Fim e a própria Torre NegraO Talismã é uma história onde a jornada é mais importante do que o seu final, e a parceria com Straub faz a diferença aqui, amenizando a linguagem naturalmente tensa de King, tornando o livro uma das leituras mais tranquilas da bibliografia do escritor.

A Coisa 

1986



E se seu pior medo aparecesse bem na sua frente? É isso que nos traz A Coisa, uma entidade metamórfica que se transforma naquilo que a pessoa mais teme, alimentando-se de seus medos. O livro trata de alguns temas que se tornariam constantes na carreira de King: o poder da memória, traumas de infância e o mal que se esconde por trás dos valores conservadores de uma cidade. O livro influenciou de maneira direta a cultura pop, servindo não só como inspiração para bandas punk (a banda Pennywise tirou seu nome do monstro do livro) como para explicar o medo, aparentemente irracional, que muitas crianças tem de palhaços. 

Love: a História de Lisey 

2006



O livro conta a história de Lisey, a esposa de um escritor famoso que é perseguida por um fã homicida de seu falecido marido. Influenciado pelo acidente que quase lhe tirou a vida em 1999, King nos conta uma história sobre lidar com a perda de um ente querido e as dificuldades de um casamento que apenas o próprio casal conhece. Além disso, o livro também aborda um pouco sobre o ofício da escrita – não é à toa que o próprio King considera este como o melhor livro que já escreveu. Mais do que qualquer outro, Love: A História de Lisey nos dá a impressão de estarmos penetrando na própria alma do escritor.

Sobre a Escrita 

2000



Uma das raras obras de não ficção do autor a ser lançada aqui no Brasil, Sobre a Escrita é não apenas um manual sobre como escrever, mas também um histórico de todo o perrengue que King passou até finalmente conseguir sobreviver apenas de seu trabalho como escritor. Uma obra obrigatória não só para aqueles que querem entender sobre o que se passa na cabeça do autor como para qualquer um que precise trabalhar com a palavra escrita, seja escritor, roteirista, jornalista, redator ou qualquer outra atividade onde as palavras no papel (ou no monitor) podem fazer a diferença.

Misery: Louca Obsessão 

1987




Uma das histórias mais macabras de King justamente por não envolver o sobrenatural, o livro conta a história do escritor Paul Sheldon, um best seller que é resgatado de um acidente de carro por um fã obcecada, que o deixa em cativeiro até que ele termine seu último livro, torturando-o para que a personagem Misery Chastain tenha um final digno. O livro mostra um pesadelo comum para qualquer artista: enfrentar um fã tão obcecado que queira matá-lo (e a história de John Lennon é um lembrete macabro de que isso é algo realmente possível). O livro também trata de outro tema bem pertinente, que é a própria escrita sendo uma espécie de “droga” do escritor, de onde ele tira prazer até mesmo quando é um sofrimento – muitas vezes físico.

À Espera de um Milagre 

1996







O livro conta a história de Paul Edgecomb, um agente carcerário, e seu relacionamento com John Coffey, um prisoneiro no corredor da morte que, além de ser a pessoa mais bondosa que ele conhece, ainda possui um incrível poder de cura pelas mãos. O livro traz a tona assuntos tabu como o racismo e a pena de morte, e é uma das mais belas obras já escritas por King em sua carreira.






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