A Moda Feminina nos anos 40

12:07



Militarismo o New Look e Carmem Miranda, 3 conceitos que definem a moda nos anos 40.

Em 1939 a segunda guerra mundial dava seus passos absurdos e incoerentes na Europa. Apesar das regras do governo que limitavam a quantidade de tecido que podiam ser comprados e utilizados nas fábricas têxtil, a moda sobreviveu à guerra.

A silhueta do final dos anos 30, em estilo militar (ombros quadrados, peças retas e a saia lápis) pendurou até o final dos conflitos em 1945. As roupas estavam num tom mais sombrio e os tons iam de uma paleta mais escura e sóbria.  A escassez de tecidos fez com que as mulheres tivessem que reformar suas roupas e utilizar materiais alternativos e fibras sintéticas . Mesmo depois da guerra essas habilidades continuaram sendo muito importantes para a consumidora média que queria estar na moda, mas não tinha recursos para isto.

Na Grã-Bretanha o corte era reto e masculino. As jaquetas tinham ombros acolchaodos  e angulosos.

O tecidos eram pesados e resistentes como o Tweed. As sais eram mais curtas, com pregas finas ou franzidas, As calças compridas (usadas anteriormente por Chanel) se tornaram práticas e os vestidos que imitavam uma saia com casaco eram populares na época.

O Nylon e a seda estavam em falta, fazendo com que as meia calças desaparecessem do mercado. Elas foram trocadas pelas meias soquetes ou pelas pernas nuas mesmo. Existiu nessa época um bronzeamento artificial com uma falsa pintura na parte de trás imitando as costuras.

A famosa ombreira ganhou sua vez no mercado, podendo finalmente ser destaque. Hoje em dia o modelo é um tanto que desusável, mas nos anos 40 quanto maior as ombreiras fossem usadas, melhores eram os modelos, afinal davam um toque de militância ao vestiário feminino, que buscava em tudo ser mais parecido com o masculino, definitivamente em todos os aspectos.



Grandes peças de sucesso marcaram esta época, o blazer feminino fez o seu grande papel e o sobretudo também ganhou grande destaque, fazendo do cenário da moda um ambiente mais sério e masculino.

Peças de apoio como luvas e bolsas estavam sempre em alta. 
Mas não eram todas que tinham estes privilegiativos, afinal grande parte das mulheres ou estavam trabalhando na lavoura (como aqui no Brasil ou em países que ainda eram rurais) para sustentarem suas famílias já que os homens estavam ausentes servindo o exército nacional, estas usavam tecidos mais pobres, como o algodão, que agora mais fácil de ser manejado se tornava uma parte comum. Algumas costuravam mesmo em casa. Outras estavam também servindo de enfermeiras na guerra, e estavam sempre vestindo seus uniformes, tanto que naqueles tempos foram inventados modelitos que imitavam traje de enfermeiras para que todas pudessem obter esse tipo de influência.
O casaco e a gola grande também foram grande destaque desta primeira metade dos anos 40.

Os cabelos femininos agora estavam mais longos que nos anos 30. Com dificuldade em encontrar cabeleireiros (também que as mulheres mais pobres nesta época, não ligavam muito para vaidade.), os grampos se tornaram grandes amigos que eram usados para prender os grande fios e as vezes cacheá-los com o recurso de alguns boobs. 

Os acessórios de cabelos se tornaram populares, e eram divididos em 3 mais populares além é claro dos chapéus.

A Kepe Militar fazia uma honraria ao estilo militar que se perdurava naquela época. 

A casquetinha (ou casquete) era um modelo mais diurno, usado mais pelas moças do que pelas senhoras para adornar os cabelos. Esta é uma das peças mais emblemáticas dos anos 40.

E os fascinatores eram usados mais à noite, em alguma festa  para o mesmo objetivo da casquete, mas poderia ser usada de dia também, dependendo do modelo.



 A maquiagem desta época era improvisada, sem muito exageros, algumas fábricas apenas recarregavam as embalagens de batons já que o metal estava sendo usado na industria bélica.


Durante a guerra, na Europa a alta costura ficou restrita às mulheres dos comandantes alemães, dos embaixadores e àquelas que podiam frequentar as grandes maisons. 
Jaques Fath, Nina Ricci e Marcel Rocha (o cara que colocou bolso as saias) eram alguns dos nomes mais famosos da época do meio estilista.

O Inglês Charles James que criou peças que precedera o New Look de Christian Dior.

Modelos de Jaques Fath, Balenciaga, Marcel Rocha e Lanvin, muito usados nos anos 40

Ateliê de Charles James.


O isolamento de Paris e da Inglaterra fez com que os americanos ficassem mais livres para inventarem sua própria moda. Sem restrições o mercado americano criou um mercado nacional independente da Europa. E surgiu então a moda que consumimos hoje: O pronto para usar (ou ready
 to wear)

A guerra foi se embora em 1945 - 46 e então Louis Reard lançou o biquíni, a peça que vinha do Pacífico Sul, mais precisamente do Atol do Biquíni: O Estados Unidos estavam fazendo teste nucleares neste lugar. Assim supunha-se que na época, a mulher de biquíni causava o efeito de uma ''bomba atômica''. No início as mulheres não estavam muito bem preparadas para usar a peças do vestuário tão reduzidas, então houveram protestos evangelista que diziam que a peça denegria a moral feminina. De fato o biquíni não foi bem aceito, mas o cinema ajudou a popularizar a peça, como instrumento de sedução.

No pós guerra o curso natural da moda seria simplicidade e praticidade.
Entretanto, depois das crises, a moda costuma ter tendências para o luxo e nostalgia de eras ''seguras''.
Então, o francês, Christian Dior fez sua primeira coleção, apresentada em 1947, que surpreendeu com suas sais em efeito godê ou rodadas e compridas, cinturas finas, ombros naturais e seios também, luvas e sapatos altos, o estilo se baseava nas roupas dos anos 1880, começava aí uma nove era O New Look.


O New Look

 No Final dos anos 40 a silhueta já estava bem mais leve e natural a sais mais rodada e as tão desejadas meia calças, item fundamental para exibir as pernas perfeitas em saias curtas, estava de volta ao mercado.

Muitas atrizes se destacaram ajudando na propagação do New Look, tais como Bette Davis, Ingred Bergman, Judy Garland, Joan Crawford, Lucelli Ball, Rhonda Flemming a maravilhosa Verônica Lake.

Mas foi Carmem Mirando com seu estilo irreverente e contagiante que teve maior destaque nesta época. A primeira brasileira a lançar moda em Hollywood o famoso MirandaLook. Suas características eram tipicamente latinas e bem sensuais que elevavam um clima tropical.
 











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